Entenda o que é erliquiose canina e quais as suas causas

Algumas pessoas que menosprezam a importância de manter o cuidado de seus pets quando o assunto são os carrapatos e as doenças que esses parasitas podem provocar. Isso porque, muitas dessas pessoas não conhecem os perigos da erliquiose canina, uma doença muito séria!

Popularmente conhecida como doença do carrapato, essa é uma enfermidade propagada por esse tipo de parasita que, assim como as pulgas e os pernilongos, também se reproduz com muita facilidade, principalmente em períodos de temperaturas altas como o verão.

Levando à destruição das células sanguíneas, a erliquiose canina afeta diretamente o sistema imunológico e a capacidade de cicatrização do organismo do animal, causando uma série de outras complicações. Se você quer saber mais sobre essa doença e, principalmente, como proteger seu amigo de quatro patas, continue nessa leitura.

 Causas da erliquiose canina

A erliquiose canina é originada de uma bactéria, a Ehrlichia, transmitida pelo Rhipicephalus sanguineus, o carrapato marrom. Por isso é conhecida como a doença do carrapato.

Não são todos os carrapatos que transmitem a doença. O problema ocorre quando o carrapato se contamina ao picar um animal parasitado e, ao se alimentar do sangue de um segundo cão, transmite a doença.

A bactéria entra na corrente sanguínea e se multiplica nos glóbulos brancos, que estão nos linfonodos, no baço e na medula óssea, provocando a execução dessas células de defesa. Além disso, as hemácias e as plaquetas também podem ser destruídas.

A consequência é um animal fraco, anêmico, podendo ter hemorragias em diversos órgãos do corpo e desenvolver doenças secundárias. Afinal, o sistema imunológico está debilitado e funcionando mal.

Fases e sintomas

Como outras enfermidades que prejudicam o sistema de defesa do organismo, o prognóstico da erliquiose canina não é o mesmo em todo cachorro.

Os sintomas aparecem conforme a gravidade da infecção, da ação do organismo, a espécie de Ehrlichia e até mesmo infecções causadas por outras bactérias ou de outros microrganismos transmitidos pelo mesmo vetor.

Fase aguda da erliquiose

Depois que o cachorro é mordido pelo carrapato marrom infectado, a doença é incubada num período que varia de 7 a 21 dias, em que a bactéria se multiplica e o organismo do animal luta para vencer a doença.

Nesta fase, a infecção não é notada, pois as manifestações clínicas são muito discretas e inespecíficas, como apatia, sangramentos e perda de apetite eventual. Entretanto, nos exames de sangue, já é possível perceber uma queda no número de células de defesa.

Caso o organismo do animal não vença a bactéria, os sintomas da doença tendem a ficar mais aparentes de uma a três semanas depois de ser infectado.

Os principais sinais clínicos da fase aguda da doença são:

• possíveis sangramentos pelas narinas e na urina;
• febre;
• fraqueza, apatia e falta de apetite;
• chance de mudanças oculares e neurológicas, como convulsões;
• surgimento de manchas avermelhadas na pele.

A fase aguda acontece de duas a quatro semanas, enquanto em casos graves alguns cães infelizmente não sobrevivem.

Com o tratamento da erliquiose, os sintomas da fase aguda vão diminuindo depois de alguns dias e o animal inicia a fase subclínica da enfermidade.

Neste período do tratamento, a bactéria continua no sistema do cachorro e a concentração de anticorpos se mantém altos. No entanto, ainda assim podem ocorrer leves alterações nos exames de sangue, mas sem manifestações clínicas.

Essa acentuada resposta do organismo pode levar a dois fins: o primeiro é a eliminação dos agentes, ou o segundo, os de imunocomplexos se depositam em diversos órgãos, marcando a terceira fase da doença.

Fase crônica da enfermidade

O animal apresenta moderadamente os mesmos sintomas da fase aguda, no entanto, na fase crônica, o que mais se destaca é o surgimento de infecções secundárias (devido a fragilidade do sistema imunológico) e o comprometimento da medula óssea, levando à imunossupressão, à continuidade da anemia e à redução na contagem de plaquetas.

Além disso, os imunocomplexos presentes nos órgãos do animal podem gerar doenças renais, artrites, entre outras questões graves.

Tratamento para erliquiose canina 

A erliquiose crônica possui tratamento e cura! Por isso, relatar ao médico-veterinário que o animalzinho pode ter sido picado por um carrapato ou que ele pode ter tido contato com locais com oportunidades disso ter ocorrido é de grande ajuda, pois facilitará que profissional chegue o quanto antes ao diagnóstico.

O tratamento se inicia após a conclusão do diagnóstico, independente da fase em que ela tenha sido identificada. Quanto mais rápido a erliquiose for descoberta, menores são as chances de sequelas.

O tratamento ocorre utilizando alguns tipos de antibióticos. Sendo, para casos mais graves, necessário uma transfusão de sangue.

Como realizar a prevenção?

É importante ressaltar que a melhor forma prevenção é o combate aos parasitas causadores da doença, com algumas ações:

• faça a utilização de produtos que eliminam as pulgas e carrapatos, lembrando sempre de verificar a validade do fármaco e ter atenção ao porte do animal;
• regularmente, faça a dedetização dos locais por onde o pet fica com materiais específicos para acabar com aqueles que não estão no corpo do seu amiguinho peludo;
• durante o verão aumente o cuidado principalmente ao viajar ou fazer passeios com seu animalzinho. Como estão circulando em áreas desconhecidas a possibilidade de encontrar um ectoparasitas se torna maior;
• ao dar banho ou escovar seu cachorrinho verifique se ele está com algum carrapato ou pulga nos pelos, principalmente nas orelhas, entre os dedos e no pescoço.

O melhor tratamento para erliquiose canina é a prevenção e o cuidado com a saúde do seu pet. Neste caso, a melhor opção é contar com um Hospital Veterinário de qualidade.

Com 45 anos de muito cuidado, a Polipet possui um corpo de médicos especialistas, que vão desde atendimentos preventivos à atendimentos de urgência e emergência. Além de uma estrutura que atende 24h.

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