No começo, tudo parece parte da diversão: as mordidinhas, os pulos, os rosnadinhos. Mas quando o comportamento do seu filhote começa a ficar exagerado, com mordidas fortes, ataques imprevisíveis e falta de controle, o que era só brincadeira pode estar virando um problema. Nem sempre é fácil identificar quando um filhote agressivo está apenas testando limites ou quando já precisa de correção.
Por isso, neste post, reunimos os 7 principais sinais de alerta que indicam que a atitude do seu pet pode estar passando dos limites.
7 sinais que indicam que não é mais brincadeira
É esperado que filhotes explorem o ambiente com a boca. Eles mordem brinquedos, almofadas, roupas, nossos pés e mãos. Mas há uma diferença clara entre o ato de brincar e os sinais de agressividade.
De modo geral, filhotes que estão apenas brincando costumam ter mordidas mais leves, fazem pausas durante a interação, abanam o rabo de forma relaxada e reagem ao comando “não” com certa obediência. Por outro lado, no caso de um comportamento agressivo, os sinais mudam completamente. A seguir, listamos os principais pontos de atenção.
1. Mordidas fortes e frequentes
Quando a mordida deixa de ser controlada e começa a machucar com frequência, isso pode indicar que o filhote está passando do ponto. Mesmo após advertência, se ele não parar, é hora de acender o alerta.
Além disso, essas mordidas não só causam dor, como também demonstram que ele ainda não aprendeu a regular a força. Com o tempo, esse hábito pode evoluir para um comportamento perigoso.
2. Rosnados constantes
Rosnar pode parecer normal, mas se o som for profundo, frequente e surgir mesmo em momentos neutros, esse comportamento pode indicar agressividade em desenvolvimento.
Principalmente se o filhote rosna ao ser tocado, retirado do colo ou durante a alimentação, é importante investigar.
3. Corpo enrijecido
Um filhote que brinca está com o corpo solto, leve. Já um filhote agressivo costuma ficar rígido, com os músculos tensionados, pronto para reagir a qualquer movimento. Esse tipo de postura não é normal em interações afetuosas.
Se, ao se aproximar, você percebe que o filhote trava o corpo ou se posiciona como se estivesse pronto para atacar, é um sinal de que ele está em modo defensivo e isso deve ser monitorado de perto.
4. Pupilas dilatadas e olhar fixo
O olhar também comunica muito. Pupilas dilatadas, fixação no olhar e movimentos calculados costumam acompanhar momentos de tensão. Esses sinais indicam estresse e necessidade de intervenção.
Se o filhote olha fixamente para você antes de atacar ou parece “hipnotizado” em certas situações, o ideal é redirecionar sua atenção de forma segura, evitando confronto direto.
5. Lábios franzidos e dentes à mostra
Se o seu cachorro filhote agressivo está franzindo os lábios e mostrando os dentes com frequência, isso não é mais brincadeira. Essa é uma postura de ameaça e deve ser tratada com atenção imediata.
Muitos tutores confundem esse gesto com uma “careta engraçada”, mas ele indica incômodo ou intenção de reagir. Nesses momentos, o ideal é manter a calma e evitar movimentos bruscos.
6. Falta de resposta ao “não”
Filhotes que estão aprendendo costumam testar limites, mas também demonstram alguma resposta aos comandos. Quando não há qualquer reação ao “não” ou a interrupções na brincadeira, o comportamento pode estar evoluindo para algo mais desafiador.
Essa resistência indica que ele não está reconhecendo sua autoridade como tutor, o que pode comprometer toda a base de educação e convivência futura.
7. Reações imprevisíveis
Avançar de repente, atacar sem provocação ou mudar de comportamento em segundos são sinais de um filhote muito agressivo. Esses episódios não devem ser ignorados, pois tendem a se repetir e piorar.
Mudanças bruscas de humor, sem gatilhos claros, indicam desequilíbrio comportamental. É um alerta de que o filhote está vivendo com tensão interna e precisa de ajuda para aprender a se regular.
Como agir quando o filhote apresenta agressividade
O primeiro passo é reconhecer que o comportamento não é normal e que precisa ser trabalhado. Não adianta ignorar, nem revidar com gritos ou punições físicas, isso tende a piorar a situação.
Em vez disso, o tutor pode adotar estratégias que respeitem o tempo e os limites do animal, sem perder a firmeza necessária para educar.
Uma boa prática é interromper qualquer interação no momento em que a mordida passar do limite. Mostrar que a brincadeira só continua quando ele se comporta de maneira adequada é uma forma de ensinar.
Também é essencial oferecer brinquedos apropriados para redirecionar a mordida e investir em uma rotina mais rica em estímulos físicos e mentais.
Se o filhote estiver saudável, se alimentando bem e recebendo atenção de qualidade, as chances de desenvolver um comportamento equilibrado aumentam muito.
Além disso, pode ser interessante considerar o uso de vitaminas específicas, que auxiliam o desenvolvimento físico e cognitivo do pet.
A importância da socialização e do ambiente
A forma como o filhote se relaciona com o mundo é construída aos poucos. Por isso, criar oportunidades de contato positivo com outros cães, pessoas e ambientes variados faz toda a diferença.
Evitar o isolamento e proporcionar um espaço tranquilo, com brinquedos e interação frequente, ajuda o animal a se sentir seguro e menos reativo. Raças como o Shih-tzu, por exemplo, podem apresentar comportamentos mais sensíveis a estímulos do ambiente.
Ajustar a rotina, entender os limites da raça e construir um vínculo saudável com o filhote é fundamental. Aqui vale observar desde os cuidados com o banho até a escolha dos brinquedos. A socialização deve começar cedo e ser constante, com reforço positivo e respeito ao tempo do animal.
Outro ponto importante é o adestramento. Muitos comportamentos de um filhote agressivo podem ser evitados ou corrigidos com comandos simples desde os primeiros meses.
Ensinar o que pode ou não pode, com paciência e carinho, transforma completamente a relação entre tutor e filhote.
Quanto antes você agir, melhor
A agressividade em filhote não pode ser vista como uma fase qualquer, especialmente quando começa a interferir na relação com a família ou com outros animais. Quando ignorada, pode evoluir para comportamentos mais difíceis de corrigir na vida adulta.
Por isso, se o seu filhote está mordendo muito, com sinais de rigidez, rosnados ou irritabilidade frequente, é importante agir logo. Rever a rotina, investir em interações mais positivas, corrigir os excessos e, se for o caso, buscar apoio profissional são caminhos seguros para garantir uma convivência tranquila.
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