Cachorro com vitiligo: quais os cuidados com essa condição da pele?

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Você tem em casa ou já viu algum cachorro com vitiligo? Embora seja considerada incomum na medicina veterinária, essa condição dermatológica é relatada mais em cães e raramente em gatos. Além disso, clinicamente, caracteriza-se por um processo de embranquecimento do pelo normal.

Por isso, neste post, explicamos melhor as causas dessa doença em cachorros, seus tipos, quais raças podem ser afetadas e muito mais. Então, continue lendo e fique por dentro do assunto!

O que é vitiligo em cães?

O vitiligo canino é uma doença que se manifesta por meio de manchas no corpo do cão, distribuídas geralmente de forma simétrica e com tom mais claro em relação ao pelo normal. A condição ocorre devido à destruição dos melanócitos, células que produzem a melanina, um pigmento natural que dá cor à pele e aos pelos.

Normalmente, as áreas afetadas por essa descoloração são a pele, os pelos, o focinho, os lábios, as mucosas oral e facial, bem como ao redor das genitálias. Em casos mais raros, os cotovelos e as unhas também são atingidos.

O que pode causar a condição?

Uma das possíveis causas de vitiligo em cachorros está relacionada à autoimunidade. Isso significa que o organismo do pet pode conter anticorpos que provocam a destruição progressiva dos melanócitos, que atuam na produção de melanina.

Fatores ambientais também podem ter relação com essa doença dermatológica. Ou seja, mudanças emocionais e eventos estressantes são capazes de influenciar o surgimento de manchas e a despigmentação da pele em cães predispostos.

Além disso, a condição pode se apresentar por herança genética, de caráter variável. Estudos apontam que existem ao menos três genes envolvidos na manifestação clínica do vitiligo, o que o caracteriza como uma desordem poligênica.

Quais os tipos de vitiligo canino?

Há duas apresentações clínicas do vitiligo: o generalizado e o local. O primeiro caso, que é raro entre a população canina, afeta o corpo inteiro. Já o segundo, que é o mais observado em cães adultos jovens de raças puras, consiste na descoloração em apenas algumas áreas — como as citadas no primeiro tópico.

Quais raças de cães podem ter vitiligo?

Os principais relatos da medicina veterinária são de que o vitiligo local é mais comum entre as seguintes raças:

  • Pastor Australiano;
  • Rottweiler;
  • Collie;
  • Doberman;
  • Bullmastiff;
  • Schnauzer gigante;
  • Dachshund;
  • Sheepdog.

Além disso, há evidências de que cães das raças Golden Retriever, Husky Siberiano, Labrador Retriever e Malamute do Alasca são mais predispostos a desenvolverem uma despigmentação, de causa desconhecida, na região do focinho. Essa condição, que pode ser considerada uma forma de vitiligo, é chamada de “nariz de neve” e “nariz de Dudley”.

Quais os cuidados indispensáveis?

Confira, a seguir, alguns cuidados essenciais para ter com um cachorro diagnosticado com vitiligo:

  • relaxamento — pensando nos fatores ambientais associados ao vitiligo, dê carinho, ofereça brinquedos e passeie com seu cão para o deixar livre de estresse;
  • protetor solar para cães — aplique o produto nas regiões despigmentadas, a fim de evitar queimaduras, dermatite solar e até câncer de pele no seu peludo;
  • rotina de limpeza suave — dobre o cuidado ao dar banho e escovar seu pet, pois as áreas afetadas que pegam sol podem ficar mais frágeis pela falta de melanina;
  • baixa exposição ao sol — evite passear com seu cachorro em horários de maior incidência solar e garanta a proteção dele em áreas externas, como jardim ou quintal.

Existe cura para vitiligo em cães?

Vitiligo em cachorro não tem cura. O tratamento foca em gerenciar os sintomas e proporcionar mais conforto ao animal. Fora as práticas apontadas no tópico anterior, esse processo pode envolver suplementação nutricional, medicamentos em forma de pomada, gel ou creme (quando há coceira ou inflamação), além de imunossupressores.

Como você pôde observar, ter um cachorro com vitiligo requer alguns cuidados especiais. Embora a doença afete somente a aparência do pet, é fundamental atuar em conjunto com o médico veterinário para dar início a um tratamento personalizado.

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