A chegada de um filhote em casa é um momento de pura alegria, mas também de muitos cuidados. Uma das dúvidas mais comuns entre os tutores é sobre quando pode passear com cachorro filhote na rua. Porém, a resposta não é tão simples quanto parece, pois envolve a saúde e a segurança do seu novo amigo.
Antes de colocar as patinhas do seu filhote fora de casa, é preciso entender os riscos de um passeio prematuro. O sistema imunológico dos filhotes ainda está em desenvolvimento, tornando-os vulneráveis a doenças graves.
Expor o filhote a ambientes externos antes da hora certa pode resultar em problemas de saúde que afetam seu bem-estar a longo prazo. Neste artigo, mostramos quais cuidados você precisa tomar para garantir a proteção e passeios mais tranquilos com o seu amiguinho. Confira!
O que você precisa saber sobre a saúde do cachorro filhote?
O sistema imunológico em desenvolvimento torna os filhotes extremamente suscetíveis a diversas doenças infecciosas e parasitárias, muitas das quais podem ser contraídas em ambientes externos.
Por isso, os tutores precisam saber que a exposição precoce a locais públicos, como parques e ruas, pode representar um risco significativo para a saúde do animal comprometendo seu bem-estar a curto, médio e até longo prazo.
Embora a socialização seja uma parte importante do desenvolvimento do filhote, ela precisa ser feita de forma gradual e controlada, evitando locais com grande concentração de animais e priorizando ambientes limpos e seguros.
Quando é permitido passear com o cachorro filhote?
O momento ideal para começar a passear com um filhote de cachorro é após a conclusão do esquema de vacinação, geralmente por volta dos 4 meses de idade. Antes disso, o sistema imunológico do filhote é muito vulnerável a doenças infecciosas e parasitárias presentes no ambiente externo.
Desta forma, o filhote precisa ter recebido todas as vacinas essenciais, como a múltipla (V8 ou V10) e a antirrábica. Além das vacinas, a vermifugação regular ajuda a prevenir infestações parasitárias, que podem causar anemia, diarreia e outros problemas de saúde.
Quando os passeios forem permitidos, é importante começar gradualmente, em locais limpos e seguros, evitando áreas com grande concentração de animais. Opte por horários com temperaturas amenas, como no início da manhã ou no final da tarde, para evitar o superaquecimento do filhote.
Utilize coleira e guia adequadas ao tamanho do filhote, e mantenha-o sempre na guia para garantir sua segurança. Leve sacolinhas para recolher as fezes do filhote e mantenha-o hidratado, oferecendo água fresca durante o passeio.
Durante os passeios, também é recomendado que você observe atentamente o comportamento do filhote, e interrompa o passeio caso ele demonstre sinais de cansaço ou desconforto. Lembre-se que os passeios devem ser uma experiência positiva, por isso, utilize reforço positivo, como petiscos e elogios, para incentivá-lo a explorar o mundo exterior com confiança.
Quais são os riscos de passear com o filhote antes de completar o ciclo de vacinação?
Alguns tutores negligenciam a orientação de que os passeios aconteçam apenas após completar o ciclo de vacinação. O que muitos não sabem é que estão expondo o bichinho a uma série de riscos. Confira as doenças que podem ser contraídas por filhotes e animais não vacinados!
Parvovirose
A parvovirose é uma doença viral altamente contagiosa que representa um risco significativo para filhotes, especialmente aqueles que ainda não completaram o esquema de vacinação. O vírus ataca o trato gastrointestinal, causando vômitos e diarreia intensos, muitas vezes com sangue, o que leva à desidratação grave e rápida.
A desidratação, por sua vez, pode levar a um desequilíbrio eletrolítico perigoso e, em casos graves, à falência de órgãos e à morte do filhote. A parvovirose é altamente resistente no ambiente, podendo sobreviver por meses em superfícies contaminadas, o que torna a prevenção ainda mais importante.
A vacinação adequada é a principal forma de proteção contra essa doença devastadora, e evitar o contato com fezes de outros cães e ambientes públicos não higienizados é fundamental para proteger os filhotes antes que estejam totalmente imunizados.
Cinomose
Também altamente contagiosa, a cinomose que representa um grande perigo devido à sua alta taxa de mortalidade e às sequelas graves que pode deixar. O vírus ataca múltiplos sistemas do corpo do filhote, começando geralmente pelo sistema respiratório, com sintomas semelhantes a um resfriado, como tosse e secreção nasal.
À medida que a doença progride, pode afetar o sistema gastrointestinal, causando vômitos e diarreia, e, em casos mais graves, o sistema nervoso central, levando a convulsões, tremores e paralisia. A cinomose é particularmente devastadora em filhotes, pois seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, tornando-os mais vulneráveis à infecção e às suas complicações.
Mesmo que o filhote sobreviva à doença, ele pode sofrer de sequelas neurológicas permanentes, como tiques nervosos e dificuldades de coordenação. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a cinomose, e evitar o contato com outros cães não vacinados e ambientes contaminados é essencial para proteger os filhotes.
Leptospirose
Infecção bacteriana causada pela bactéria Leptospira, que é transmitida principalmente pela urina de animais infectados, como ratos, cães e outros mamíferos. A bactéria pode sobreviver em água e solo contaminados, representando um risco significativo para filhotes que ainda não completaram o esquema de vacinação.
A infecção ocorre quando a bactéria penetra no organismo do filhote através da pele lesionada, mucosas ou ingestão de água ou alimentos contaminados. Os sintomas incluem febre, letargia até insuficiência renal e hepática. Nos casos mais graves, a infecção pode levar à morte do filhote.
Os danos renais e hepáticos são particularmente preocupantes, pois podem resultar em problemas de saúde crônicos e irreversíveis.
Como prevenir a leptospirose em filhotes
A prevenção da leptospirose em filhotes envolve a vacinação adequada, evitar o contato com água e solo contaminados, e manter a higiene do ambiente do filhote. É importante lembrar que a leptospirose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida de animais para humanos, por isso, a higiene pessoal também é fundamental para proteger a saúde de toda a família.
Além dessas doenças, o filhote não vacinado corre o risco de contrair hepatite infecciosa canina, raiva, infecções parasitárias, doenças respiratórias e doenças de pele. Por serem curiosos e desatentos, o risco de acidentes como atropelamento, fugas e mordidas de outros animais também precisa ser objeto de atenção dos tutores.
Diante dos riscos e cuidados apresentados, fica evidente a importância de priorizar a saúde e o bem-estar do filhote ao planejar seus primeiros passeios. A paciência e o respeito ao tempo de desenvolvimento do animal são fundamentais para garantir que ele cresça forte, saudável e confiante.
Siga as orientações veterinárias, complete o esquema de vacinação e socialize o filhote de forma gradual, assim você estará construindo uma base para um sistema imunológico mais forte e uma vida longa e feliz para o seu companheiro de quatro patas.
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