8 dicas de cuidados após resgatar um gato de rua

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Resgatar um gato de rua é um gesto de amor que pode mudar completamente a vida de um animal e a de toda a sua família também! Ao dar um lar a ele, você aumenta a expectativa de vida dele de 4 anos (em vida livre na rua) para até 20 anos!

Mas, para dar esse passo, é importante saber que o gesto vai além de oferecer abrigo e carinho: envolve cuidados que proporcionem saúde, segurança e uma boa adaptação para o novo amigo peludo.

Se esse é o seu primeiro resgate, confira a seguir todas as dicas que ajudarão a fazer a melhor adaptação possível e proporcionar uma vida de realeza para seu pet!

1. Faça uma quarentena caso tenha outros pets

É comum que, quando trazemos um novo animal para nossa casa, queremos apresentá-los logo para seus futuros irmãos e ver como vai ser esse processo. Mas, calma! Antes disso, o novato precisa passar por uma quarentena, isolado em um cômodo.

Esse período serve para observar sinais de doenças que poderiam ser transmitidas a outros pets, como gripes, verminoses ou, até mesmo, doenças mais sérias. Então, até que ele passe pela análise de um veterinário, mantenha-o longe dos seus colegas.

Além disso, o novo gato precisa de um tempo para se recuperar do estresse do resgate, se adaptar ao novo ambiente e criar confiança nos seus novos donos.

Nesse período, ele deve ter um espaço tranquilo, que ele possa ter um lugar para se abrigar, com caminha, comida (de preferência, ração seca caso ele tenha mais de 60 dias), água e caixa de areia.

Nesse tempo, observe tanto sinais de saúde de comportamento do seu pet, para poder compartilhar com o veterinário.

2. Leve-o ao veterinário

Essa precisa ser uma das primeiras ações após resgatar um gato de rua. Mesmo que o seu novo amigo pareça estar bem, muitos problemas não são visíveis de imediato, especialmente porque gatos costumam esconder bem sua real situação de saúde.

O profissional fará uma avaliação completas, avaliando sinais vitais, condições dos dentes, olhos e ouvidos, além de ver se ele tem pulgas, carrapatos e pedir exames para avaliar se há outros parasitas (como vermes) e doenças que mexem com a saúde dele, como o hipertireoidismo.

Além disso, ele pode pedir outros exames importantes que serão determinantes para saber se o seu gato poderá ter contato com outros animais. Essa também é uma oportunidade para conversar sobre protocolo vacinal, castração, descobrir a idade do seu pet e começar o protocolo de vermifugação.

3. Faça os testes de FIV e FeLV

Um cuidado indispensável é providenciar os testes tanto de FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) quanto FeLV (Vírus da Leucemia Felina). Ambas as doenças têm aparecido bastante em gatos de rua e podem afetar a saúde dele e ser transmitido para outros felinos.

Se não tratada ou controlada, ambas podem levar seu mais novo amiguinho a morte rapidamente. Por isso, não deixe de fazê-los logo na primeira consulta veterinária.

Tanto a FIV quanto a FeLV, quando diagnosticadas na fase assintomática, permite que sejam feitos cuidados ao longo de toda a vida e ele poderá ter uma saúde semelhante a de gatos sem essas infecções.

E lembre-se: o diagnóstico positivo para uma dessas doenças não significa que o gatinho não merece um lar! Ele só precisará de cuidados mais específicos e acompanhamento constante para ter uma boa qualidade de vida.

4. Observe o comportamento do novato

Fato é: gatos tem uma personalidade única. Muitas vezes, o comportamento do novato vai ser influenciado pelas experiências que ele teve antes do resgate. Observar isso ajuda a ter o melhor manejo para facilitar a adaptação dele.

Por exemplo, animais que possam ter sofrido com violência podem demonstrar medo, se esconderem ou, até mesmo, serem mais agressivos como um mecanismo de defesa. Porém, com o tempo, eles começam a se soltar, quando ganham maior confiança sobre seus novos donos. Já outros podem ser mais carinhosos e sociáveis desde o começo.

É comum que, nessa passagem, ele fique mais acordado a noite (e acorde os donos) e chore mais, especialmente os filhotes. Tenha paciência nessa adaptação.  

5. Faça a castração

Depois que a saúde do animal estiver estabilizada e o protocolo vacinal for concluído, o próximo passo é providenciar a castração. Esse cuidado, além de essencial, ajuda a prevenir diversos problemas de comportamento como marcação de território e tentativas de fuga, e, além disso, reduz significativamente o risco de algumas doenças, como câncer de mama e de ovários nas fêmeas.

Em seguida, o veterinário indicará qual é o momento mais apropriado para realizar a cirurgia. Na maioria dos casos, o ideal é que ela seja feita por volta dos 6 meses de idade e apenas após a conclusão de todo o esquema vacinal. No entanto, é importante lembrar que alguns animais podem ter condições específicas que exigem ajustes nesse planejamento.

6. Introduza a alimentação seca gradualmente

Os animais de rua não estão acostumados, normalmente, com consumo de ração. Afinal, na busca por sobreviver, eles se alimentam de restos ou de comida inadequada e, por isso, podem estranhar a alimentação seca.

Então, faça isso aos poucos, oferecendo também alimentação úmida com a seca (sachês e patês). Dessa forma, você ajuda na adaptação do bichinho e evita problemas digestivos.

Também aproveite a consulta ao veterinário para escolher a melhor opção, considerando questões como:

  • idade;
  • peso;
  • pelagem;
  • estado de saúde do gato.

7. Faça a adaptação para a socialização

Se você tem mais pets em casa, um dos desafios mais importantes é ajudar que seu gato se sinta seguro e confortável no novo lar. Por isso, a socialização precisa ser feita aos poucos, respeitando o tempo e os limites do animal.

Quando ele é colocado em contato imediatamente com outros bichinhos, sejam eles outros gatos ou outras espécies, ele pode ficar estressado, reativo e, até mesmo, desenvolver problemas de saúde.

Por isso, sempre respeite os sinais que cada animal demonstra. Isso será fundamental para ficar mais confortável.

8. Enriqueça o ambiente

O gatinho que saiu das ruas tinha o mundo como parque de diversos. De repente, ele fica confinado (para sua segurança) em um ambiente mais restrito. Por isso, é importante que os tutores ofereçam um espaço enriquecido para ele poder gastar sua energia e ficar feliz.

Alguns itens que ajudam nisso são:

Essas opções estimulam os comportamentos naturais de caça do seu pet e evita que ele fique entediado ou desenvolva ações indesejadas, como arranhar móveis.

Resgatar um gato de rua é um ato de amor que permite ao animal viver bem, saudável e confortavelmente por mais tempo. Cada etapa da adaptação proporciona melhor bem-estar a ele e desenvolver ainda mais carinho pelos donos!

Você já passou por esse momento e tem mais dicas para indicar para outros gateiros de primeira viagem? Compartilhe seu relato nos comentários!l

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