Leishmaniose canina: quais as causas, sintomas e tratamentos

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A leishmaniose canina é uma doença bastante preocupante, causada pela picada do mosquito-palha. Sabe como adotar os cuidados necessários para prevenir essa contaminação é uma das melhores maneiras de cuidar da saúde de seu cãozinho.

Assim como várias zoonoses, a leishmaniose é causada pela infecção de um protozoário. Embora o cachorro infectado não passe a doença para os humanos, essa doença prejudica totalmente o bem-estar do animal e não tem cura.

Quer saber como proteger o seu cachorro da leishmaniose? Acompanhe este artigo para entender melhor como acontece a transmissão e o que fazer para prevenir!

O que é leishmaniose canina?

A leishmaniose é uma zoonose que pode afetar os cães a partir da picada de um mosquito-palha infectado por um parasita. Ou seja, essa é uma doença considerada vetorial, uma vez que a contaminação só ocorre a partir da ação de um outro animal hospedeiro, como é o caso do mosquito.

Uma das estratégias para prevenir a contaminação pela leishmaniose é evitar a proliferação desse mosquito no quintal. Além disso, manter as vacinas em dia vai ser essencial para garantir a saúde e o bem-estar do animal.

Vale a pena destacar que a leishmaniose também pode afetar humanos. No entanto, a transmissão não ocorre diretamente. Para que um cão possa passar essa doença para os seus tutores, é necessário que o cachorro seja picado por um mosquito infectado e desenvolver a infecção.

Em seguida, é necessário que outro mosquito o pique, infecte-se e passe a doença para os humanos. Por essa razão, não é preciso ter medo de se contaminar, caso o seu cãozinho fique doente.

Quais os tipos?

É importante saber que existem diferentes tipos de leishmaniose em cães. Entender as diferenças entre cada classificação vai ajudar a reconhecer os sintomas rapidamente e levar o animal ao atendimento médico.

A leishmaniose pode ser classificada como:

  • cutânea — afetando apenas a pele;
  • visceral — afetando os órgãos internos, além da pele;
  • mucocutânea — afetando a pele e mucosas.

É mais comum que ocorra a leishmaniose visceral em cães. A infecção cutânea tende a surgir por meio de um hospedeiro diferente, que não costuma afetar cachorros com muita frequência.

Como ocorre a infecção?

A infecção se inicia com a picada de uma fêmea de mosquito-palha contaminada, capaz de carregar consigo um protozoário chamado Leishmania chagasi. Esse mosquito também pode ser chamado de birigui, tatuquira ou asa-dura em diferentes regiões do Brasil, sendo reconhecido pela sua cor amarelada, semelhante a uma palha.

Quando o mosquito pica um cachorro, leva cerca de 7 dias para que a infecção se manifeste. Os primeiros sintomas costumam ser a perda de apetite e a mudança no comportamento do cão, tornando-se mais quieto, abatido e desanimado.

Geralmente, esse tipo de infecção afeta mais os cães na zona urbana, na qual esses animais se tornam o maior alvo do mosquito. Por esse motivo, é comum que a doença seja mais frequente em regiões próximas a ambientes silvestres, de onde vem o agente.

Quais os sintomas?

Os primeiros sinais que você precisa observar são na mudança dos hábitos diários do cão. Ao perceber que o apetite está diminuído e que o cãozinho não está mais com a energia de sempre, é necessário redobrar a atenção.

A leishmaniose vai começar a se manifestar também por lesões na pele, com vermelhidão e descamação do tecido. Ao observar esse sintoma, chega o momento de levar o pet ao veterinário para ser examinado.

Além desses sintomas, a leishmaniose em cães provoca:

  • febre;
  • desnutrição;
  • machucados que não curam;
  • aumento da espessura da pele;
  • problemas nos olhos e na visão;
  • mudança e deformação nas unhas;
  • presença de nódulos e caroços no corpo do animal;
  • sangramento nasal.

Ao levar o seu pet para o veterinário, o diagnóstico pode ser confirmado por exames de sangue sorológicos e parasitológicos. Quanto mais rápido for encontrada a infecção por leishmaniose canina, mais rápido será para tratar a doença e oferecer mais bem-estar ao animal.

Leishmaniose canina tem tratamento?

Até o momento, não existe uma cura definitiva para leishmaniose canina. No entanto, é possível tratar os sintomas e garantir que o cachorro tenha o bem-estar recuperado.

É necessário se preparar para enfrentar um longo período de tratamento, pois os procedimentos vão tentar diminuir a carga parasitária do organismo do animal. Isso significa que, em alguns casos, não é possível matar todos os parasitas, mas é possível reduzir a quantidade de microrganismos que fazem mal ao cãozinho.

Além disso, o tratamento conta com remédios para aliviar os sintomas da doença e pomadas para os ferimentos na pele. O animal também precisa de cuidados redobrados com o ambiente em que vive, pois se torna também um hospedeiro do parasita. Por isso, se um mosquito picá-lo, pode transmitir a doença para outros animais e pessoas.

O acompanhamento médico precisa ser constante, durante o resto da vida do cão. Isso porque é preciso verificar o controle dos sintomas da doença e oferecer o melhor para que o cachorro tenha qualidade de vida. 

Como prevenir a leishmaniose canina?

A melhor maneira de prevenir a leishmaniose em cães é por meio da vacinação, a partir dos 6 meses de idade. É possível também instalar telas de proteção na residência para evitar a entrada de mosquitos.

Outro cuidado indispensável é manter os ambientes limpos e aplicar inseticidas seguros para os cães na presença de muitos mosquitos. Também faz toda a diferença evitar o acúmulo de matéria orgânica, para impedir a atração de fêmeas de mosquito-palha, que costumam depositar os ovos nesses espaços.

Vale a pena também evitar passear com os cachorros à noite, pois é um período em que os mosquitos estão mais ativos, principalmente durante o calor. O uso de coleira com repelentes específicos também pode ajudar.

Em outras palavras, a leishmaniose canina é uma doença grave e que exige bastantes cuidados. Para garantir o bem-estar do cãozinho e evitar quaisquer problemas de saúde, nada melhor que manter as vacinas em dia e as consultas frequentes ao veterinário. Assim, você garante o bem-estar e a qualidade de vida do seu cachorro, além das medidas essenciais para que ele tenha uma vida saudável.

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