Muito se fala sobre a parvovirose dos cães, certo? É provável que você conheça essa doença, responsável por gerar sintomas como diarréia intensa, muitas vezes com sangue, e uma desidratação bem grave nos doguinhos.
No entanto, você sabe que esse problema também pode acometer os gatos? A parvovirose felina é uma das doenças mais graves que podem acometer esses pets. Essa enfermidade, também conhecida como panleucopenia felina, é causada por um vírus altamente contagioso que afeta especialmente filhotes e gatos com o sistema imunológico debilitado.
Infelizmente esse problema pode acabar levando a sérias complicações de saúde e, em alguns casos, ao óbito. Mas o que exatamente é a parvovirose felina? Como ocorre a contaminação? E quais são os sinais de alerta? Vamos abordar esses pontos em detalhes para ajudar você a proteger seu gatinho. Continue e saiba mais!
O que é a parvovirose felina e como ocorre a contaminação
A parvovirose felina é uma doença causada por um vírus, que é transmitida principalmente pelo contato com fezes contaminadas, secreções ou objetos compartilhados. Dentre eles, podemos citar tigelas, caixas de areia ou brinquedos.
Além disso, a contaminação também pode ocorrer através do contato direto com outros gatos infectados. Ou seja: quando eles brincam, se lambem ou se cheiram, também há a possibilidade de transmissão do vírus. Mais ou menos como acontece com uma gripe, sabe?
Uma vez dentro do organismo, o vírus ataca células que têm uma divisão mais rápida, como as que são encontradas na medula óssea e no trato intestinal. Isso resulta em sérias complicações, incluindo imunossupressão (ou seja, queda da imunidade) e problemas gastrointestinais graves.
O vírus é igual ao dos cachorros? A doença passa de uma espécie para a outra?
A resposta para as duas perguntas é… não! Os vírus que atingem cães e gatos são diferentes. E, por isso, a doença de uma espécie não vai passar para a outra. Quanto a isso, não é preciso se preocupar.
Quais são os principais sintomas da parvovirose felina?
Os sinais clínicos da parvovirose felina podem variar, mas geralmente aparecem de forma aguda e severa. Continue a leitura para conferir os principais sintomas!
Apatia
Um dos primeiros sinais de que algo está errado é a perda de energia do gato. Ele pode parecer desinteressado em brincar ou interagir, mesmo com atividades que ele costuma gostar muito.
Febre alta
Outro sinal clássico é a presença de febre, que pode ser persistente. Esse é um indicativo de que o corpo está lutando contra uma infecção e, nos gatinhos, pode ser percebida por:
- orelhas mais quentes;
- focinho mais seco;
- olhos avermelhados;
- respiração acelerada.
Vômitos
Esses podem ser frequentes e acompanhados de náuseas, prejudicando ainda mais o estado geral do animal. No entanto, vômitos em felinos são causados por inúmeros fatores. Assim, é preciso investigar!
Diarreia severa
Da mesma maneira que acontece nos cachorros, a diarreia pode estar presente nos casos de panleucopeniaa. Muitas vezes com presença de sangue, ela causa desidratação rápida, o que pode ser fatal se não tratado.
Perda de apetite
Por conta de todo esse mal-estar, aliás, não é incomum que o bichano perca a fome. Consequentemente, a falta de interesse por comida agrava a fraqueza e dificulta a recuperação, sendo, portanto, um sintoma que merece uma certa atenção.
Desidratação
Por fim, como consequência dos vômitos e da diarreia, é comum que o gato apresente sinais de desidratação, como gengivas secas e olhos encovados, ou seja, fundos.
Se você notar esses sintomas no seu gato, é fundamental procurar um veterinário imediatamente. A rápida intervenção pode fazer toda a diferença!
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da parvovirose felina envolve uma combinação de:
- histórico clínico;
- sinais clínicos, obtidos por meio de um exame físico no pet;
- exames laboratoriais.
O principal meio de diagnóstico envolve as análises de sangue, que podem revelar uma queda significativa no número de leucócitos (células brancas do sangue). Em alguns casos, realizam-se testes específicos para detectar o vírus em amostras de fezes.
E o tratamento? Como é feito?
Não há cura específica para a parvovirose felina, mas o tratamento visa controlar os sintomas e dar suporte ao organismo enquanto ele combate a infecção. Isso porque o vírus, um tipo de microorganismo, precisa completar seu ciclo e o organismo deve eliminá-lo.
De modo geral, as medidas incluem:
- hidratação intravenosa, com soro, para combater a desidratação e manter os órgãos funcionando adequadamente;
- medicação para tratar os sintomas da doença, o que inclui antieméticos para reduzir os vômitos e antidiarreicos;
- caso o gato não consiga se alimentar, suplementos podem ser administrados para fornecer os nutrientes necessários.
Além disso, podem ser usados antibióticos. Embora esse tipo de medicação não trate o vírus, ela previne o agravamento ou trata infecções secundárias, comuns devido à queda na imunidade dos gatinhos.
De todo modo, o veterinário deve sempre supervisionar o tratamento, já que cada caso pode demandar abordagens específicas. Por isso, não automedique o seu pet e conte com a ajuda de um veterinário!
Quais são as formas de prevenção da panleucopenia felina?
E já que falamos sobre tantos assuntos, é hora de abordarmos a prevenção! Afinal, essa é a melhor forma de proteger seu gato contra a parvovirose felina.
Nesse caso, a vacinação é essencial e deve ser iniciada ainda na fase de filhote, com reforços periódicos ao longo da vida do animal. Essa imunização está presente nas seguintes vacinas:
- V3;
- V4;
- V5.
Por isso, converse com o seu médico veterinário de confiança para determinar qual será o protocolo utilizado em seu gatinho.
Além disso, medidas de higiene, como a desinfecção regular de utensílios e ambientes, ajudam a reduzir o risco de exposição ao vírus. E, por fim, o clássico: evitar o contato do seu gato com animais desconhecidos ou potencialmente infectados é outra ação importante.
Como você viu, a parvovirose felina é uma doença grave. No entanto, com uma boa dose de informação e cuidados com a prevenção, é possível proteger seu gato. Fique atento aos sinais de alerta, invista na vacinação e mantenha sempre um diálogo aberto com o veterinário que cuida do seu amigão!
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