A sarna sarcóptica é um problema muito comum em cachorros, sabia? Apesar disso,é uma doença que pode causar muitos incômodos para o animal, caso não seja resolvida no começo.
A seguir, entenda melhor esse tipo de sarna, suas causas, sintomas, formas de transmissão, diagnóstico, tratamentos e prevenção. Saiba também se ela pode afetar gatos, e a diferença entre ela e a sarna demodécica. Confira!
O que é a sarna sarcóptica?
A sarna sarcóptica é uma doença dermatológica em pets que causa irritações na pele e uma forte coceira. Com isso, o seu cachorro pode, até mesmo, provocar feridas profundas, que prejudicam a saúde dele.
Ela também é conhecida como escabiose canina, sendo uma das doenças que mais aparecem em cães. Isso porque é bastante contagiosa. Então, atenção caso você tenha mais de um animal em casa. Além disso, ela também é transmissível para humanos.
Qual a sua causa?
A sarna sarcóptica é causada por um ácaro específico — o Sarcoptes scabiei. Ele é um parasita que faz uma espécie de “túnel” na pele do pet, deixando a pele mais grossa e provocando coceiras.
Quais são os sintomas?
Quanto antes você conseguir identificar os sintomas no seu cão, mais rápido poderá começar o tratamento e garantir que o seu pet esteja seguro e com a saúde em dia, sem incômodos.
Por isso, fique de olho, caso identifique algum dos sintomas a seguir:
- irritação na pele;
- coceira excessiva, que leva o cachorro a se coçar sem parar;
- perda de pelos em uma região;
- pele avermelhada, especialmente onde os pelos caíram;
- surgimento de feridas e crostas;
- comportamento agressivo;
- apatia;
- perda de peso, entre outros.
Assim, caso você identifique um ou mais desses sinais, é importante buscar um médico veterinário para acompanhar o caso do seu melhor amigo.
A sarna sarcóptica é fácil de transmitir?
Sim, justamente por isso, esse é um problema muito comum, por poder ser passado de maneira rápida para todos os pets de uma residência e, até mesmo, para os próprios donos.
Por isso, é muito importante buscar ajuda, assim que identificar os primeiros sintomas, para evitar que o problema se espalhe e prejudique a saúde de outros animais ou dos moradores da residência.
Como obter o diagnóstico?
A sarna sarcóptica é uma doença com sintomas bem característicos, mas que pode ser confundida com outras patologias que afetam os pets. Por isso, é muito importante não fazer tratamentos por conta própria para evitar complicações.
O diagnóstico é feito por um médico veterinário, que analisa a pele do animal para verificar se há suspeita do quadro. Caso ele acredite haver uma forte suspeita, poderá solicitar alguns exames complementares.
Alguns deles são clínicos e realizados na consulta. Outros são feitos a partir de análise de exames laboratoriais, que podem demorar alguns dias para encaminhar os resultados.
Entre os exames realizados, os mais comuns são:
- teste de arrancamento, para verificar se o pelo sai com facilidade;
- raspagem superficial da pele, visando coletar material para análise microscópica, a fim de identificar a presença do Sarcoptes scabiei;
- análise de sangue, para saber se o animal está com alguma alteração de saúde que também precise ser tratada.
Quais são as formas de tratamento?
Caso os exames apontem que se trata de sarna sarcóptica, o médico veterinário prescreverá os tratamentos adequados para o caso. Para isso, ele avaliará algumas questões, como:
- se o quadro está no início ou se já está mais avançado;
- se a sarna está localizada ou expandida;
- se há alguma alteração no exame de sangue do cachorro;
- se há outros pets com sintomas na residência.
Entre os principais tipos de tratamento, estão o uso de antiparasitários voltados para o controle de ácaros, shampoos medicamentosos, e uso de medicamentos tópicos (como pomadas e sprays). As opções dependerão do protocolo escolhido pelo profissional, conforme o caso.
Qual a diferença entre sarna sarcóptica e demodécica?
Outro tipo de doença dermatológica, razoavelmente comum em cães, é a sarna demodécica. Ambas podem ter alguns sintomas semelhantes, como a queda de pelo, coceira e vermelhidão da pele, o que pode confundir os tutores.
A sarna demodécica é causada também por um ácaro, o Demodex canis. Porém, nesse caso, é um que já faz parte da microbiota da pele canina, ou seja, ele sempre está presente ali. Porém, quando há uma multiplicação desordenada que pode ocorrer por uma queda de imunidade e no cão, gerando a fragilização da barreira cutânea, a doença pode se desenvolver.
Nesse caso, ela não é contagiosa, já que o ácaro está presente na pele do cão, normalmente. É fundamental realizarmos a prevenção do ácaro controlando sua proliferação em momentos de baixa imunidade. Há ainda casos em que o animal apresenta uma predisposição genética para manifestar essa doença.
No segundo caso, é preciso manter o controle quando ela aparecer, mas não há muito o que fazer. Por isso, quando as primeiras lesões surgem, é preciso buscar o veterinário, para que ele possa identificar o quadro presente.
A sarna sarcóptica pode aparecer nos gatos?
Essa é uma dúvida muito comum de tutores: afinal, se tenho cachorro e gatos em casa, a sarna sarcóptica do canino pode passar para o felino? A resposta é: sim.
Por isso, caso um dos animais esteja doente, é preciso isolá-lo para evitar o contágio para outros animais. E, caso seu gatinho esteja com sintomas, também é preciso levá-lo para avaliação e fazer um diagnóstico diferencial em relação a outras doenças que também afetam a pele, como a esporotricose.
Como prevenir?
Para proteger o seu pet, seja cachorro ou gato, da sarna sarcóptica, é importante ter alguns cuidados, como:
- ao mexer com algum animal na rua, considerar a possibilidade de ele estar infectado. Nesse caso, sempre lave as mãos ao chegar em casa, antes de ter contato com os seus pets;
- limpar e higienizar o ambiente em que tenha um animal doente;
- isolar o pet que se encontra em tratamento da sarna, para evitar o contágio de outros animais;
- ficar atento para eventuais sintomas da doença, inclusive em humanos, e buscar auxílio médico caso eles se manifestem.
Como você viu, a sarna sarcóptica é uma doença relativamente comum, que pode afetar muito o bem-estar do seu pet. Porém, com os cuidados adequados, é possível prevenir a doença ou, quando já instalada, fazer o tratamento quanto antes para que ele fique bem e se recupere. Assim, esperamos que as informações que trouxemos neste artigo possam ser úteis para uma rápida identificação do problema.
Gostou deste conteúdo? Então compartilhe-o em suas redes sociais para que outros tutores também possam ter acesso a essas importantes informações!