De antemão, a obesidade é uma condição que pode afetar tanto os cães quanto os gatos. Embora seja uma situação comum, os tutores costumam ter muitas dúvidas a respeito do assunto, especialmente na hora de identificar e tratar adequadamente o problema.
Recentemente, compartilhamos por aqui um conteúdo especial sobre obesidade canina e dicas de como cuidar dos pets. Por agora, chegou o momento de falar sobre a obesidade em gatos.
Neste artigo, você vai entender o que é a obesidade em gatos, como identificar, quais são as principais causas e dicas práticas de como ajudar o bichinho a melhorar a sua saúde. Portanto, continue a leitura para saber mais!
O que é a obesidade em gatos?
Identificar a obesidade em gatos não é tão simples quanto parece. Embora existam algumas referências em termos de peso corporal e idade, é importante ter me mente que esses critérios variam segundo as características de cada animal.
Por exemplo, é perfeitamente comum encontrar gatos adultos com peso de 2kg saudáveis e também gatos com 6kg que também estão saudáveis. A raça de gato Maine Coon é um exemplo de animal que pode chegar até 8kg sem que isso faça com que ele seja considerado obeso.
Por isso, para identificar a obesidade é preciso realizar uma avaliação individual. Um médico veterinário poderá analisar a estrutura física do gato e verificar se o seu peso está acima do esperado dentro dos seus padrões físicos individuais.
Em geral, quando o animal está 10% acima do peso ideal para os seus padrões, ele é enquadrado na categoria de excesso de peso. Sendo assim, gatos com peso superior a 20% do peso ideal (dentro dos seus padrões) são considerados obesos.
Como identificar se o seu gato está acima do peso?
Como você viu, não existe um número ideal em termos de peso que possa delimitar quais são os índices ideais de massa corporal.
Tecnicamente falando, os profissionais de veterinária consideram o gato obeso quando a sua massa está entre 15% e 30% acima do peso esperado para ele.
Como os critérios variam segundo a raça, é interessante fazer uma avaliação médica veterinária. Sabia que, nos gatos SRD os pesos das fêmeas podem variar entre 3kg e 5kg, enquanto o peso esperado dos machos é entre 4kg e 5kg.
No entanto, se esses gatos forem resultados de cruzas com animais grandes, pode haver uma variação de peso que não representa, necessariamente, problemas para a sua saúde.
Uma dica prática bacana para avaliar se o animal está acima do peso é tocar na região das suas costelas. Caso você não consiga sentir a costela, pode ser que o gatinho esteja acima do peso ideal. Com isso, a certeza com relação ao diagnóstico só poderá vir após uma avaliação médico veterinária.
Quais são as principais causas da obesidade em gatos?
A obesidade felina está atrelada a situações muito parecidas com a obesidade em cães e em humanos: a alimentação. O aumento irregular do peso está geralmente associado a uma dieta inadequada, excesso de ração ou oferta de alimentos impróprios.
Somado a isso, existem outras causas relacionadas ao aumento excessivo de peso em gatos: idade avançada, falta de atividade física e determinadas doenças, como a síndrome de cushing (hiperadrenocorticismo), acromegalia (hipersomatotropismo) e hipotireoidismo.
Os efeitos colaterais de alguns medicamentos também podem contribuir para o ganho de peso, especialmente por terem efeitos secundários que estimulam o aumento do apetite. Os corticoides e os antiepiléticos são exemplos de medicamentos que podem causar tais efeitos.
Como ajudar o felino a perder peso?
O primeiro passo é identificar a origem do problema, você precisa responder à pergunta: por que o meu gato está obeso? Será que é a alimentação? Falta de atividade física? Algum medicamento ou doença?
Após entender a causa, vai ficar mais fácil definir as estratégias para combater o problema. Portanto, a orientação de um veterinário é fundamental.
Então, confira, a seguir, algumas dicas que podem ser incluídas na rotina do animal para ajudar na perda de peso:
- incentive a prática diária de atividades físicas:
- fique atento à alimentação;
- incentive a ingestão de água;
- realize visitas periódicas ao veterinário.
A alimentação do pet é um dos pontos chave para alcançar resultados satisfatórios na manutenção do peso. Por isso, invista em alimentos com qualidade nutricional e em quantidades adequadas às necessidades do pet, mas solicite orientação veterinária.
Caso tenha dúvidas a respeito das melhores estratégias alimentares, vale a pena buscar o suporte de um médico veterinário ou de um nutricionista animal.
O que acontece se a obesidade não for tratada?
A obesidade é uma doença que pode desencadear o surgimento de outras doenças, trazendo ainda mais riscos para o felino, portanto os gatos obesos que não recebem o tratamento adequado têm risco aumentado para o desenvolvimento de problemas como:
- diabetes mellitus;
- intolerância à glicose;
- doenças no fígado;
- doenças no aparelho motor;
- artrose;
- doenças de pele;
- doenças urinárias;
- problemas intestinais;
- doenças respiratórias;
- problemas circulatórios;
- risco aumentado de complicações durante procedimentos cirúrgicos.
Dessa forma, é de responsabilidade dos tutores manter uma rotina alimentar adequada e incentivar a prática de atividades físicas.
Como tratar e prevenir a obesidade?
Uma dica bacana, que vai ajudar a melhorar a saúde e o bem-estar mental do animal é dedicar pelo menos trinta minutos do dia para interagir com o seu gatinho, fazendo brincadeiras e incentivando que ele se movimente. Sendo assim, pequenas mudanças no dia a dia podem fazer toda a diferença na qualidade de vida do seu bichano.
Afinal, como você pode ver, a obesidade em gatos é um problema sério, que causa prostração no animal e pode contribuir para o surgimento de outras doenças.
Mantenha uma rotina de visitas periódicas ao médico veterinário e sempre que notar qualquer alteração no comportamento, nos hábitos alimentares e na rotina de higiene urinária, busque o suporte especializado.
Geralmente, quando o animal não está bem de saúde, ele costuma dar sinais de que algo está errado. A obesidade é uma doença que precisa ser tratada quanto antes, a fim de evitar complicações e a evolução para casos mais graves.
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